A Procuradoria-Geral do Município, da Prefeitura de Baraúna, vai acionar a Justiça para retirar as famílias que invadiram 60 casas que estão sendo construídas através de uma parceria entre o Governo Municipal e Federal – via programa “Minha Casa, Minha Vida”. As casas seriam entregues este mês e foram invadidas no fim de semana. Os moradores se recusam a sair.
Essas 60 casas, que fazem parte de um projeto que contemplará a população com 180 casas populares, foram distribuídas a partir de uma seleção que atendia aos critérios estabelecidos pelo Ministério das Cidades, segundo o secretário municipal de Administração, Luiz Carlos. “A seleção é feita de acordo com esses critérios, privilegiando as pessoas que precisam mais”, diz.
Secretário Luiz Carlos mostra documentos, durante entrevista, que garantirão a posse dos usuários cadastrados no programa |
A invasão foi realizada por pessoas que não haviam sido selecionadas e também por aqueles que estavam na seleção feita pelo Município. Estes últimos, temendo perderem suas casas, acabaram participando e agora se recusam a sair, temendo que o imóvel seja invadido por outras pessoas que não foram beneficiadas. Diante do impasse, a questão vai parar na Justiça.
Prefeito Aldivon Nascimento tentou tranquilizar os moradores que passaram pela seleção e agora temem perder suas casas |
“Quero garantir a todos que se inscreveram no programa e que foram selecionados que ninguém vai lhes tirar seus direitos. Essas casas são de vocês. Quem não está cadastrado, infelizmente, terá que sair. Gostaria de poder oferecer casas à todos que se inscreveram, mas não é possível. Temos que fazer cumprir a lei”, disse ontem (12) o prefeito Aldivon Nascimento.
Aldivon mostrou-se solicito e atendeu todos os moradores, tirando as dúvidas que cada um deles tinha sobre o problema das casas |
Invasores acompanharam atentamente as explicações dadas pelo prefeito Aldivon, durante encontro realizado ontem, em Baraúna |
O prefeito esteve reunido ontem (12) pela manhã com os invasores na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, em Baraúna. Aldivon explicou a situação aos envolvidos na confusão e tratou de tranqüilizar àqueles que foram selecionados. Houve muito tumulto durante a reunião, mas com diálogo, ele conseguiu reverter a situação e acalmar . O prefeito mostrou-se solidário a situação de todos os invasores.
“Sei que todos que estão aqui (na reunião) precisam, são pessoas humildes. Mas não depende só de mim. Nesses anos que estive à frente da Prefeitura de Baraúna, conseguimos dar um gigantesco salto na área da habitação. Construímos quase 2 mil casas. Queremos fazer mais e vamos fazer. Mas agora são 60 casas, todas com seus respectivos proprietários”, disse Aldivon.
Casas foram ocupadas por moradores da cidade no fim de semana |
Portas e janelas das casas foram danificadas na invasão: Prefeitura esperava a ativação da água e luz para fazer as entregas |
DENÚNCIAS
Algumas pessoas que fazem parte dos invasores que foram reprovados na seleção feita a partir dos critérios estabelecidos pelo Ministério das Cidades, denunciaram durante o encontro que parte dos beneficiários teriam fraudado informações para obter os imóveis. O prefeito ficou espantado com a denúncia e afirmou que vai abrir procedimento para investigar essa situação.
“Isso é totalmente inadmissível! Se alguém tiver fraudado, vocês podem ter certeza que essa pessoa será identificada e perderá a posse da casa. Nosso Governo é pautado para ajudar os pobres. Essas casas são para os mais necessitados e aqui não será diferente”, disse Aldivon Nascimento, ressaltando que cobrará rigor na apuração das denúncias feitas pelos invasores.
EXTRAÍDO DO BLOG BARAÚNA NOVO TEMPO!
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